O canto da Sreya!

Numa entrevista informal e descontraída tive a oportunidade de conhecer melhor o trabalho da Sreya. Embora ainda no início do seu percurso musical, sabe para onde quer ir e a meio do caminho é receptiva e vive a música de forma positiva e honesta.

Preferes que te tratem por Sreya ou por Rita? “O meu nome é Rita, mas se quiserem podem tratar-me por Sreya. Até porque não há muitas por aí.” Rita é uma pessoas totalmente virada, voltada e encontrada entre o meio das artes. Música, cerâmica, escrita, ilustração e de certeza que haverão mais talentos escondidos. É amiga de Conan Osíris há muitos anos, há mais de metade da sua vida, para sermos mais precisos. Foi com o Conan que há alguns anos teve uma banda e com quem partilhava o gosto pela música. Antes de fazer trinta anos e ainda antes do mundo inteiro e arredores conhecer o Conan, Rita pediu ao amigo que produzisse o seu primeiro álbum. Juntos escreveram metade do álbum, foi produzisse e lançado em 2017. Podem comprá-lo através de sreya.bandcamp.com ou ouvir algumas das suas músicas no soundcloud.

Nos espectáculos que tem feito, tem sido acompanhada por Bernardo Alvares, que também toca contrabaixo. Recentemente foi convidada para fazer parte de um espectáculo no Lux e prepara-se para gravar um segundo álbum. Será um projecto mais maduro, pretende ter a oportunidade de trabalhar com vários produtores. Fiel ao que acredita, aos poucos vai ganhando o seu espaço, conhecendo mais pessoas, tendo novas ideias e cada vez mais, está a chegar a um público cada vez ávido de pessoas como a Rita, decididas a fazer novas abordagens e vontade de ser ela própria, sem medo de ser diferente na música portuguesa.

Toda a versatilidade num mundo que ainda gosta de rótulos, Sreya não consegue ser ou fazer só uma coisa, Sreya é impossível de catalogar. E isso é mais do que um bom motivo para a ouvir.

Texto: Patrícia César Vicente.