Fotografia de Mag Rodrigues

“O meu pai quando soube que eu era diferente dos meus irmãos, ficou ruim comigo. (…) A minha mãe tinha medo de explicar, eu tinha medo também de lhe explicar. Com dezasseis anos, miguei-me com um homem. ‘Tive com ele treze anos. Eu já me vestia de mulher, já eu era travesti. Gostava muito de me maquilhar, dos cabelos. (…) Com dezasseis anos, levei uma facada do meu pai. Eu era homossexual. (…) Quando ‘tive no hospital, o meu pai estava na cadeia e o médico disse-me: Como é que vai ser? O seu pai está fechado. E eu disse: Eu não quero o meu pai fechado, eu quero que o meu pai me aceite como sou.”

Pacheca

A Pacheca e todas as Pachecas deste mundo são pessoas que nunca deixaram de ser quem são, mesmo sendo vítimas de violência devido à orientação sexual e à expressão de género. Estas imagens são um aplauso à sua coragem.

fotografia de Mag Rodrigues
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fotografia de Mag Pacheca para PARQ_78.pdf (parqmag.com)

Mag Rodrigues nasceu em Lisboa, em 1991. Formou-se em Fotografia. É autora de diversos trabalhos documentais e de autor Subsolo (2018), As Senhoras (2019), três por quatro [3 x 4] (2020), Covidário (2020), Mãos: no metro de Lisboa (2019-2020), Património, (2020-2021), Homenagem à Pacheca e a Todas as Pachecas deste Mundo (2021), FAMÍLIA (2021), Gabriela (2022 – a decorrer). No último ano, destaca-se a exposição FAMÍLIA – retratos de famílias lgbtqia+ – eleita para a Temporada Portugal-França em Paris, Maison du Portugal, Theatro Circo, Encontros da Imagem 2022, Cervantes Institute em Paris.