No contexto da Liga Betclic Awards, cerimónia que celebra os melhores do basquetebol nacional foi apresentado o Art Dunk, um projecto que reuniu um conjunto de obras de arte que tiveram a curadoria da Underdogs Gallery
O convite partiu da Betclic Collective, a incubadora da marca criada para prestar apoio a projetos com impacto social positivo através do desporto. Para Pureza Sousa, Country Manager da Betclic em Portugal, a ligação entre o basquetebol e a arte, tem raízes antigas, nomeadamente quando se pensa no movimento hip hop nascido nos EUA teve sempre o desporto como parte da sua paisagem. “Ambas as áreas nascem e crescem nas ruas e influenciam-se mutuamente e foi nesta simbiose que o Art Dunk foi pensada”.
Para Betclic Collective objetivo deste projeto é mostrar a importância de se investir no acesso ao desporto e em projetos de economia circular com impacto positivo através do desporto. Convidar estes artistas a criarem objectos de arte a partir de desperdícios, bolas de basquetebol sem uso útil, foi uma maneira de ampliar uma mensagem positiva, associando aqui a prática do desporto à cultura urbana” e a consciência social
Para Pauline Foessel , directora da Underdogs essa relação também foi bem acolhida tendo proposto um conjunto de 12 nomes onde teve a preocupação de criar um certo equilibrio entre nomes consagrados e valores promissores assim como entre homens e mulheres numa área onde ainda o peso masculino é muito evidente.
Cada artista trabalhou a partir de “2 bolas” apresentando para exposição 24 trabalhos, aplicando as mais diferenças técnicas que trazem uma identidade própria de cada artista. Maria Miseravel, aproveita os versos de um clássico pop nacional, “Amor D’Água Fresca”traz como elemento para o seu humor cínico com que constrói os seus quadros sociais.
Tiago Evangelista, voltou aos anos 90 e deu a cara de personagens famosos às bolas de basquete. O artista Confeere quis manter a identidade do seu trabalho e transformou as bolas em ténis clássicos de basquetebol, icónicos no mundo da moda desportiva.
A Maria Imaginário, outra das artistas convidadas, viu no projeto a oportunidade de chamar a atenção para o desporto feminino. Sabendo a dificuldade das meninas e mulheres no basquetebol e na sua
profissionalização, a artista quis, através das suas obras, fazer um alerta da necessidade deste incentivo e apoio.
Já os artistas Draw e Contra, do projeto Ruído quiseram descolar-se do tema principal para construir uma peça de arte que refletisse totalmente a sua identidade. A artista Vai Dar Pitanga, uma defensora assumida do reaproveitamento para se fazer arte, trouxe cores vibrantes e textura nas suas duas peças.
Fiumani incorporou um projetor de vídeo dando uma dimensão de olha a uma das bolas, enquanto Tamara Alves recorre a recortes feitos a partir da matéria das bolas para construir quadros tridimensionais que partem das imagens que cria onde o mundo selvagem ameaça a urbanidade, ou pelo menos está com um maior equilíbrio
Este projeto tem uma dimensão social e cada uma das obras está a venda por um valor unitário de 750 Euros. O valor das vendas reverterá para a requalificação de um campo público de basquetebol. Para as adquirir qualquer uma das obras basta aceder ao site www.artdunk.pt a partir de hoje, 10 de maio.