Fotografia de Diogo Navy

Texto por Francisco Vaz Fernandes

Tens um álbum a sair. Está envolvido em grande secretismo. O que podes dizer sobre este novo trabalho?

Este trabalho esteve a ser desenvolvido durante os últimos dois anos.. veio de um processo de auto descoberta musical e pessoal. Posso dizer que este álbum tem quatro fases que viajam entre a conexão, paixão, desconexão e autoconhecimento.

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Porquê chamar-se Opia? E quem é que esteve na produção?

Opia fala a sensação de vulnerabilidade em estar a olhar para alguém nos olhos, algo que quis transmitir com este álbum. Sinto que é como quem estivesse a ouvir, tivesse livre acesso a temas que normalmente não falaria. O álbum contou com um grupo incrível de produtores, músicos… Compositores a quem agradeço imenso por terem me ajudado a exprimir tudo aquilo que precisava para o álbum estar cá fora. O álbum também é visual e tive o prazer de trabalhar com um grupo incrível de pessoas que também deram cor as músicas através dos vídeos.

Desde quando foi pensado e como foi todo o processo de produção?

Iniciei o processo de criação do álbum há praticamente dois anos. Decidi escrever sobre os temas mais presentes no momento, que no caso era amor e desamor. Como escrevia sobre o que se estava a passar no momento, acabei por ficar com uma linha do tempo da evolução pessoal que essa história me trouxe

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As tuas músicas falam sobre o quê e dirigem-se a quem?

Dentro do álbum tenho músicas que falam sobre amor, abandono, saudades, esperança, dúvidas, autoconfiança, valorização pessoal, etc.. acho que depositei muito de mim e dos meus sentimentos nas letras das músicas. Posso dizer que há músicas que têm destinatário, mas na sua maioria, são como conversas de mim para mim, quase como se estivesse a ouvir os meus próprios pensamentos

Quais são os teus objetivos em termos musicais? Até onde gostarias de chegar?

Neste momento quero que a minhas músicas possam tocar as pessoas que as ouvirem. Esse é o meu maior objetivo no momento. Com certeza não quero parar por aqui e sei que ainda há muitas histórias que quero trazer para a música

Que referencias trazes para ti e para a tua música?

Consigo encontrar referências em vários momentos do meu dia a dia, desde as músicas que estou a ouvir, até as pessoas que me rodeiam, frases que oiço com as quais me identifico. Neste álbum juntei alguns artistas que admiro muito e sem dúvida que a troca que tivemos durante o processo do álbum inspira-me até hoje.

És um jovem em início de uma carreira, o que pensas da tua geração?

Acho que temos muitos artistas cheios de talento nesta nova geração. Fico muito feliz em ver pessoas a minha volta a lançarem os seus primeiros projetos nesta mesma fase.

Qual a tua relação com a moda?

Desde pequeno que vejo a moda como uma forma de expressão. Sempre gostei de explorar coisas novas e de não me prender ao que é esperado de mim. Sinto que é uma forma de te dares a conhecer sem precisares falar

Para a realização dos teus video-clips que ideias trazias, quem as conseguiu concretizar?

No álbum conta com 10 músicas e para cada uma fez-se um vídeo. Ou seja são 10 vídeos. A minha maior preocupação era que os vídeos conseguissem passar as emoções que eu queria transmitir com as músicas. Dentro dos vídeos posso dizer que há várias mensagens que talvez não se percebam à primeira, mas também acho que há beleza em não explicar tudo e deixar algum mistério. Tenho que agradecer a toda a equipe que esteve envolvida na criação dos vídeos. Foram 4 dias intensos para captar todas as imagens dos 10 vídeos. Não foi fácil mas valeu a pena.

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editrial publicado em PARQ_80.pdf (parqmag.com)

Fotografia Diogo Navy

Produção Central Models

Maquilhagem Raquel Batalha

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