Diogo Mestre e o templo dos sonhos
Texto de Flora Santo @florasq
Fotos cortesia de @Lisboafashionweek
Cada ano, a ModaLisboa destaca dez dos jovens designers portugueses mais prometedores. Esta edição SS24 revelou um elenco fresco e diversificado do qual foram selecionados seis finalistas: Bárbara Atanásio, Isza, Maria do Carmo Studio, Gabriel Bandeira, Diogo Mestre e Çal Pfungst, que divulgarão uma nova coleção em Março. A Parq apresenta-vos cada um dos seis talentos, reflexo do potencial, da criatividade e do entusiasmo da moda emergente portuguesa.
Hoje revelamos o mundo poético do Diogo Mestre, uma carinhosa ode à infância.
Parq: Quais foram as inspirações para a tua coleção?
Diogo Mestre: As inspirações da minha coleção remetem muito à infância. Quando comecei a desenhar a minha coleção, comecei a pensar no que é que me definia enquanto designer e percebi que infância tinha uma influência grande sobre a minha estética. O pijama abre a coleção pelo sonho e a partir daí podemos sonhar livremente. Entram as malhas, fazem referência aos ursinhos de peluche, e eu tentei ser o mais brincalhão possível e ser algo que fosse usável e que fosse apetecível, que quiséssemos mexer. E a referência ao Alentejo, donde eu sou, aparece com as malas.
Parq: Dê-nos três palavras chaves para definir a tua marca.
Diogo Mestre: Interativa, colorida e playful.
Parq: Quais são os designers, portugueses ou estrangeiros, que te inspiram mais?
Diogo Mestre: Eu acho que enquanto fui crescendo adorava Alexander McQueen, mas acho que de momento a pessoa com quem me identifico mais é o J.W. Anderson.
Parq: O que é que desejas para o futuro da moda portuguesa?
Diogo Mestre: Eu acho que nós somos o futuro de que a moda portuguesa precisa. Sangue novo, jovens designers, são o que vai trazer frescura e que vai fazer com que sejamos ouvidos e com que Portugal seja relevante ao nível de moda.