Levando Alegria
EuBrite
fotografia por Sebastien Navosad @sebastien_navosad
texto por Yolanda Jandira Kiluanji @yolanda_jandira
A onde termina o teu Ser carnal criado pelo o Universo e onde começa a EuBrite e o que traz ela no teu espaço espiritual? Primeira pergunta que ousei perguntar à ela. Uma mulher que intimida por deixar claro o que quer, não deixando de ser humana e de exprimir todas as dores que a condição permite. Ela respondeu com toda a certeza que o nome dela de certidão entra em pausa no momento em que sente que chegou a hora de viver o desafio de alegrar as pessoas. “Eu existo sem ela mas ela depende de mim para existir. Ela trás no espaço espiritual apenas tudo que é leve, livre, encantador e todas as demais coisas boas da vida.” Notou-se realmente que, quando o seu alterego voltasse a surgir, libertava num acto de traduzir sorriso, o melhor de si. Ficava radiante. Por momentos, pairava no ar, no tempo e no espaço, como se as pessoas, ao passar, fizessem-na perguntar a si mesma o que falta à EuBrite para alcançar novos horizontes.” Falta a oportunidade certa com retorno financeiro”, diz ela.
Umas boas horas atrás, enquanto estava a ser maquiada, quis saber do retorno dos seus seguidores e admiradores, da sociedade portuguesa, da aceitação de quem tem capital e que poderia investir para espectáculos, festas privadas… A lista continua tomada por inúmeras possibilidades. A realidade é que Portugal ainda tem os seus tabus, restrições, vergonhas, como qualquer outro país. Mais a permanente ideia de que a antiguidade é posto, sem dar o devido apoio à novas ideias, ainda permanece. Uma sociedade com uma quantidade variada de mentes brilhantes de diferentes ramos, de diferentes gerações e territórios e que poderiam mudar eloquentemente todos as formas de comunicação, seja ela escrita ou oral, com contacto físico ou digital. “Novos horizontes poderão ser alcançados se as pessoas continuarem a acreditar no propósito da personagem. Preciso de investimentos para poder assim decolar e criar melhores espectáculos”. Fazendo lembrar que já está na casa dos 40. Recuperar de lesões deixou de ser assim tão fácil.
Falamos de como foi a primeiríssima vez em que vestiu a pele da EuBrite e do momento onde assumiu-se para quem quisesse ver. E com uma certa melancolia no rosto, que revelou um lado mais terno, respondeu-me que foi simplesmente libertador. O sorriso à seguir foi agradável de se ver. Repetiu-se à si mesma: “Foi simplesmente libertador!” e continuou quase que narrando que sentiu uma sensação única e inovadora. Realizou, naquele instante, que quando usamos a nossa criatividade para expressarmo-nos, despertamos o melhor em nós. Como ela referiu bem referiu, o resultado é a força certa que atrai a possibilidade.
A maioria de nós pergunta como é que estás. Eu tenho a tendência de perguntar se estás feliz ou se és feliz. ” A felicidade é uma constante. Eu pessoalmente estou feliz às vezes. Em contrapartida, Eubrite é sinônimo de felicidade. É como prefiro que seja. Feliz, sendo ela. Capaz de, todos os dias, construir esse sentimento que ela representa sempre quando sai para trabalhar.” Todos os suores, todas as dores, valeram a pena? “Ainda não, mas a soma disto tudo faz com que tenha certamente uma boa história para contar.” É verdade que tudo vale a pena quando a causa não é pequena. Sempre vale a pena alegrar. Sempre vale a pena levar e traduzir todas as formas de amor.
Sabes aquela sensação de colo de mãe? O quê, onde ou quem dá-te essa sensação em Portugal? “Minha família de coração em Leiria. Essa sensação tenho quando estou com a família de coração que Deus me deu de presente. Lá, em Leiria, onde sou respeitada. É meu amor e é recíproco.”
Obviamente, sendo Angolana, quis saber como foi para ela ajudar a construir a tão cobiçada ponte Brasil-Portugal. Argumentou com a convicção devida que a ponte é necessária. “Essa ponte possibilita sonhos. Não apenas os meus…” Mas, também e certamente, de todos àqueles que acreditam profundamente que fazer uso do “pedaço de nós” que trazemos na bagagem, dará um novo sentido à vida. O desafio, o recomeçar do zero, o olhar novos rostos, novos sorrisos, sentir novos aromas, outros quase que tudo, e desafiar-nos à nós próprios. Uns deslizam pela vida adentro, outros caem e levantam-se, como manda a lei.
EuBrite em cima do patim , continuará até à hora que o tempo der, com os sussurros dos sonhos aclamando a sua presença e espalhando risadas.
fotografia Sebastien Navosad @sebastien_navosad
styling Yolanda Jandira Kiluanji @yola_jandira
makeup Diogo Lourenço @diiswayz
talent EuBrite @eubrite