Isaac Alfaiate começou como modelo mas aos 17 anos estreou-se como ator na série juvenil “Morangos com Açúcar” e, desde então, passou a ser cara assídua na televisão portuguesa . Em entrevista à Parq ficamos a conhecer mais as suas perspectivas sobre o sucesso, assim como a sua relação com a moda.

Texto de Sara Madeira

Fotografia de João Barreiros

total look Bottega Veneta, na Stivali

1 Conheceste o sucesso muito cedo, em que é que isso marcou a tua trajetória de vida?

É Verdade, comecei a fazer televisão muito novo, tinha apenas 17 anos. Comecei a trabalhar como modelo aos 15/16 anos e então comecei a sair de casa, no Algarve, aos fins de semana, para vir para Lisboa ou para o Porto trabalhar e, isso, de certa forma, foi um grande contributo para a minha adaptação quando vim para Lisboa viver. Apesar de não ter sido fácil nos primeiros tempos, depois habituei-me. Em relação à popularidade que tive na altura por causa do meu primeiro trabalho em televisão nos “Morangos com Açúcar“, posso confessar que inicialmente me fez alguma confusão porque não estava de todo habituado ao reconhecimento das pessoas na rua, às abordagens diárias, mas também foi uma questão de tempo para achar mais normal e, hoje em dia, é algo com que lido com muita naturalidade e sinto-me grato por isso. É a prova de que as pessoas admiram o meu trabalho. 

puffer Krisjoy, na Stivali

2 O sucesso foi ou é algo que é importante para ti?

Não, o mais importante para mim é fazer bem o meu trabalho. Trabalhar bem todas as personagens que me são entregues. Obviamente que todos nós gostamos de ter sucesso na nossa carreira, é o nosso barómetro de um bom trabalho.

3 Como foi a transição de jovem modelo a dar os primeiros passos para uma serie televisiva que te dava mais visibilidade?

Pensei que fosse mais fácil, na verdade. Foi o meu primeiro trabalho “a sério“, onde tinha horários para cumprir, textos para decorar, muitas horas de gravação… E era a primeira vez que lidava com esta responsabilidade. Também não foi fácil a grande exposição que tivemos tal foi o fenómeno da série. Como referi anteriormente, fez-me alguma confusão inicialmente, o reconhecimento das pessoas na rua era algo que não estava habituado. 

camisa Jil Sander e calças Bottega Veneta, na Stivali

4 Continuas a ser uma figura que continua ligada a moda, continuas a ser procurado para participar em desfiles, que importância dás a esses momentos?

É sempre bom voltar às passerelles, apesar de hoje em dia já não ser uma coisa que me preencha. Mas gosto de o fazer de vez quando.

5 Pessoalmente és uma pessoa que gostas de seguir as tendências? Qual a importância da moda na tua vida?

Vou ser muito sincero. Nunca liguei a tendências. Acho que tenho o mesmo estilo há já vários anos… Gosto de me vestir bem, tenho alguma atenção às escolhas que faço, mas sempre tive um estilo bastante simples. Dou uma vista de olhos de vez em quando às novas coleções e às tendências, mas apenas quando tenho que me vestir para uma ocasião especial. 

blazer e colar Saint Laurent, na Stivali

6 Com as redes sociais, os atores, modelos tem uma visibilidade muito maior, como geres a tua presença nas redes sociais?

Hoje em dia as redes sociais fazem parte da nossa vida, são uma ferramenta de trabalho e acho que de uma certa forma vieram ajudar a que houvesse uma “aproximação“ com as pessoas que gostam de nós e seguem o nosso trabalho. Atualmente, podemos partilhar com as pessoas momentos do nosso dia a dia que de outra forma não seria possível e acho essa uma partilha positiva.

7 Tens uma relação de amor ódio com as redes sociais?

Penso que não… Aliás, não tenho relações de ódio com ninguém! (risos!). Acho que temos que estar alerta apenas com o tempo perdemos com as redes sociais. Acho que trouxeram muita coisa boa, mas é importante não exagerar nas horas que passamos nelas.

sobretudo Dries Van Noten, na Stivali

8 E como recebes o amor que as pessoas te dedicam?

É sempre bom receber amor das pessoas. Acho que qualquer artista gosta de receber o bom feedback das pessoas que seguem o nosso trabalho. É sempre bom receber uma boa crítica ou até uma má… desde que seja construtiva, claro.

9 E o ódio, também acontece? Como geres isto?

Felizmente nunca tive nenhuma situação menos boa… com as redes sociais, por vezes, deparo-me com algum comentário menos bom, mas é normal. Não conseguimos agradar a toda a gente, nem tenho essa ambição, mas até esse tipo de comentários são raros nas minhas redes… felizmente.

camisa Jil Sander, calças Bottega Veneta, na Stivali

10 Sentes que tens a imagem ideal do homem português?

Acho que o mais importante é sentir-me bem comigo próprio. Acho que a imagem ideal não existe. E acho que, acima de tudo, o mais importante é sermos felizes!

11 – Sei que desenvolveste um plano b como profissional e tens uma marca de roupa desportiva. Como está a correr?

É verdade, sempre tive o desejo de ter um negócio paralelo à minha profissão e, em conjunto com a minha namorada, decidimos criar a nossa própria linha de desporto. Apesar de ser muito trabalhoso, porque somos apenas os dois que tratamos de tudo na empresa, desde desenhar a coleção, a tratar das encomendas diariamente para as nossas clientes, está a correr muito bem e o feedback das clientes tem sido incrível.

12 – Como gostas de passar o teu tempo livre?

Eu sou um viciado em exercício físico, então passo muito do meu tempo livre a fazer desporto, mas também gosto de dar passeios com os meus cães e de viajar. Adoro viajar! 

look total Bottega Veneta, na Stivali

Fotografia João Barreiros, styling Tiago Ferreira, make-up Verónica Zoio , Hair Paulo Fonte. assistente do fotografo Nuno Respeita, Jorge Vale, Cláudia de Melo, assistente de moda Margarida Venâncio. Retouching Jorge Vale