Pós – Colors
texto de Sara Madeira
À porta de divulgar o seu primeiro álbum, o anunciado, sextape , Carla Prata, desperta muita atenção internacional, depois da projeção internacional que alcançou com duas passagens pela plataforma Colors, onde é referida como uma das grandes promessas no meio musical. Com raízes angolanas, Carla Prata nasceu em Londres, e tem vivido entre Portugal, Angola e Londres, uma multiculturalidade que se destaca nos vários singles que tem lançado até agora. As suas primeiras experiências começaram com um teclado midi e um microfone oferecido pelo pai que a levaram mais tarde a apostar num curso de engenharia musical que realizou em Londres aos 15 anos. Os primeiros sucessos acontecem em Luanda, mas seria a partir de 2018 quando se estabeleceu em Lisboa que a sua linguagem começou a definir-se e a ganhar uma legião de fãs em cada Ep que foi lançando. Hoje com 21 anos, faltava-lhe um novo degrau, daí que se tenha fixado em Londres porque o mundo está avido de ouvir mais.
Parq – Muito se falou por seres a primeira cantora Angolana a passar na plataforma Colors. Voltaste agora em Agosto, foi a para ti a confirmação de uma consagração?
Sara Prata (SP) – Foi um momento especial na minha carreira, sinto orgulho de ter partilhado a plataforma com artistas de quem sou fã. O timing da estreia do segundo tema, Owner, foi especial porque coincidiu com o momento que me tornei “owner” dos meus masters. Owner foi também a minha primeira música a ter sucesso fora do círculo lusófono.
P- Para ti qual a importância de Colors?
SP – Super importante, é uma plataforma que muda a carreira de muitos artistas. O Colors teve um grande impacto sobre a minha carreira
P – Em que media esta confirmação está a mudar a tua carreira?
SP – Colors ajuda a tua música chegar a novos ouvidos. Hoje aprecio estar a criar música com produtores de ingleses, americanos, holandeses, nigerianos, entre outras origens. Colors ajudou em muito para que isso esteja a acontecer.
P – Em que medida isto trouxe mudanças para o teu já anunciado próximo álbum?
SP -É difícil responder a esta pergunta. O meu álbum continua em desenvolvimento e o que é certo é que a partir do início do próximo ano vou lançar 6 singles
P – Já conhecemos o tema Certified Freak, podes falar deste tema?
SP – O Certified Freak foi um tema que descreve perfeitamente uma fase que eu estava a a viver. É um tema que gravei para os “certefied freaks”. Estas pessoas sabem quem são.
P – Em que medida as tuas raízes te diferenciam na cena global?
SP – Por causa das minhas raízes tenho influencia de culturas diferentes. Isto manifesta-se na música que crio. Fiquem atentos à música que vou lançar no próximo ano, onde esta questão vai ser mais clara.
P – E como foi aprofundar as tuas raízes quando passaste a viver em Angola depois de uma vida inteira em Londres?
SP – O tempo que passei em Angola foi muito importante para mim, não só para perceber o quanto a nossa cultura é rica, mas também para concretizar a minha identidade enquanto artista angolana.
P – És conhecida pelas misturas de estilos, o que procuras no essencial?
SP – O que procuro é difícil de descrever. Sei que evito ser colada a uma tendência, a um género de música. Gosto de variedade
P – Escreveste que o estilo não importa mas a vibe que cada beat transmite, sim. Isso para ti quer dizer o quê?
SP – Uma boa vibe transcende qualquer estilo musical, se gostas de boa música sempre vais apreciar uma boa melodia, seja house, rock, kizomba ou outro género.
P – Passas muito tempo em Lisboa, o que costumas fazer por cá?
SP – Hum comer um bom pitéu, party and bs, party and bs, party and bs….
fotografia João Barreiros @joaobarreiros.pdf
produção e styling : Sofia de Carvalho @sofidccarvalho
makeup: Margrida Sequeira @mag.smakeup
terceira dupla tinha página em branco e uma foto
foto 4 Sweat e calças Fred Perry, sapatos Steve Madden