A exposição, intitulada Cosmic Nature, da artista japonesa Yayoi Kusama é um dos grandes eventos que esta nova temporada que Nova Iorque tem para oferecer, já que a obra da artista japonesa é uma das mais conhecidas mundialmente. Presente no gigantesco Jardim Botânico de Nova York no Bronx www.nybg.org conta com obras em grande formato, algumas delas criadas especificamente para o local. De certa forma cumprem uma função que está presente na grande tradição dos jardins ocidentais desde o renascimento onde presença da escultura serve para exaltar, linhas, profundidade e conferir pontos de interesse e até de surpresa que animem o conjunto numa exaltação dos sentidos.
Uma das maiores obras, construída para o local e a primeira com que o púbico se confronta depois da entrada é uma abobara dançante coberta com as tradicionais cores laranja e as progressões geométricas de círculos pretos. O tem da abóbora que se tornou um dos grandes ícones da artistas aparece mais uma vez, numa das salas da Biblioteca Luesther T. Mertz, edificio adjacente ao Jardim Botanico, onde se construiu um daqueles quartos espelhados que deixaram um conjunto das suas tradicionais abobaras projetadas até ao infinito.
Ainda no espaço exterior é possível ver um curso de água onde flutuam 1400 esferas, uma instalação que é uma recriação de uma das obras mais antigas da artista (1966), mas que ainda cria grande impacto junto do público. De resto vários lagos foram ocupados por estranhos conjuntos de plantas e flores de cores vibrantes e em escala gigante que como já é típico tem a capacidade de gerar uma empatia espontânea entre o público que também tem grande facilidade de reconhecer uma obra de Kusama. A sua popularidade é de facto um grande fenómeno mundial daí, que este evento tenha uma cobertura mundial sendo que muitos meios tem apresentado este conjunto de flores e frutos coloridas como o grande símbolo da primavera que o mundo precisava depois de um ano de pandemia, já que estamos numa época de grande esperança, de um fim definitivo deste período negro
A própria exposição foi vítima do covid e por isso mesmo, foi sofrendo vários adiamentos, mas finalmente abriu no ultimo sábado (dia 9 de Abril) e pode ser vista até ao final de Outubro. O bilhete custa $35.