Textpo por: Jéssic Lima
O Zé dos Bois propõe o seu plano de vacinação neste período de pandemia, o segredo é ter “mais espírito do que agulha”. A eficiência passa por saber o significado de inclusão e conseguir criar colaborações entre a comunidade. Neste contexto, a ZDB “ foi desafiada a agendar um ciclo que terá lugar entre 29 de Setembro e 2 de Outubro de 2020” no Teatro São Luiz.
A receita é simples: uma programação nacional cheia de performances, música e intersecções com artes visuais- ligações entre entidades que à partida parecem opostas. “Neste programa, novas particularidades sonoras e musicais são combinadas com performances e propostas visuais desafiantes.”
Um dos projetos apresentados é de Mariana Tengner Barros, onde “o corpo, uma segunda e até terceira natureza” são questionados pelos marcos performativos do mundo contemporâneo.
Já a obra de Odete e Alice dos Reis partilha “definições mais conscientes de si mesmas”, permitindo uma emancipação entre o pessoal e o político, através de viagens astrais de uma natureza especulativa.
Pedro Sousa sugere um significado abstrato à mecânica do analógico numa demonstração de feedback audiovisual. É ainda apresentada uma tradição musical portuguesa reinventada por Lula Pena e João Simões; aproxima-se o corpo humano a um objeto por Dinis Machado. Tristany torna-se a voz relatora de futuros possíveis, enquanto Alek Rein faz “desfrutar como fazíamos, antes do momento em que tudo nos pareceu perdido”.
Programa
Sala Mário Viegas
-29 de Setembro, 18h e 20h
Peça do Coração: EXCALIBUR, performance de Mariana Tengner Barros
-1 de Outubro, 18h e 20h
CONSUBSTANTIATION, performance de Dinis Machado
Sala Luís Miguel Cintra
-30 de Setembro, 21h
Lula Pena e João Simões
Pedro Sousa apresentação de “Calor Caluda”
-1 de Outubro, 21h
Primeira Dama, apresentação de “Superstar Desilusão”
Alek Rein
-2 de Outubro, 21h
Odete e Alice dos Reis, apresnetação de “PORTAL” Tristany, apresentação de “Meia Riba Kalxa”