in Pink

Texto de Mirai

Fotografia de João Barreiros

Partindo da recente colaboração musical entre Domi e Mirai que acabam de lançar o tema “Toque” aproveitamos o clima de cumplicidade que se gerou entre os dois e pedimos ao Mirai que nos desse a conhecer melhor o amigo através de uma entrevista. Procuramos neste artigo ampliar a estética que os dois músicos desenvolveram no video-clip do tema.

Mirai : Qual é a tua maior influência na música portuguesa?

Gosto bastante de música portuguesa, sou daquelas pessoas que mesmo não sabendo o nome da banda ou do artista sabe a música do início ao fim. O estilo que mais me influenciou a nível nacional foi o Rock, principalmente dos anos 80, Rui Veloso, Xutos e Pontapés, UHF, Táxi e outros tantos.

Mirai : Quando eras mais novo, que desportos praticaste?

Inicialmente pratiquei ténis dos meus 5 aos 10 anos. Gostei da experiência e até que tinha jeito, mas depois surgiu a paixão pelo surf. Andei numa escola durante dois anos e depois comecei a praticar sozinho se bem que sem muita frequência, o que não me permitiu evoluir muito, acho que o faço mais pela sensação de estar em contacto com a natureza. Aos 14 anos foi quando descobri o basquetebol, o desporto que pratiquei mais tempo e ao qual dediquei mais tempo. Fui federado 6 anos e cheguei a integrar o 5 ideal do Algarve no meu último ano de Júnior. Depois abandonei quando sai da cidade, ainda jogo mas apenas na rua.

Mirai : Antes de te tornares um artista de música, o que pensavas fazer como profissão?

Por volta do 3º ano queria ser piloto da fórmula 1, até tive um bolo de aniversário da Ferrari alusivo a isso mas passou-me rápido. Não muito mais tarde o gosto pelo palco surgiu através do teatro, e desde logo soube que tinha jeito para fazer algo relacionado com o meio artístico, mas ao mesmo tempo não tinha grande ambição, achava que me devia focar na escola e ter uma profissão de renome como advogado, até certo ponto achava que esse era o caminho. Mas sinto que não tinha mesmo um “sonho” em me tornar algo, apesar de sentir que era especial.

Mirai : Vias-te a fazer uma novela?

Sem dúvida, desde a minha experiência em teatro que a televisão era algo que me passava pela cabeça, sei que se algum dia me surgir algum tipo de proposta na área aceitarei sem hesitar e terei oportunidade de mostrar outras facetas, como a representação, que me são naturais, até mesmo antes de ser o Domi.

Mirai : O que achas mais importante naquilo que tas a transmitir quando escreves as tuas músicas?

Aquilo que é mais importante é dar brilho ao que aparentemente é normal, embelezar com as palavras de forma a tornar o simples em algo muito próprio, como se só eu, Domi, pudesse ter dito tal coisa ou de uma tal forma, fazer transparecer essa autenticidade

Mirai : Para ti o que é que é alcançar o pico da felicidade?

Eu acredito que a felicidade são momentos, não existe uma linha contínua de felicidade, nunca se alcança o pico de felicidade por mais do que momentaneamente e muitas vezes nem é percetível. Acho que a perceção mais clara de felicidade é quando menos esperas, é algo que se revela e está reservado a ti sem tu saberes, daí ser aquilo que procuras, está sempre à espreita.

Mirai : Deves um pedido de desculpas a alguém?

Creio que sim, na minha opinião é hipócrita aquele que pensa que não. Para saber pedir desculpa é importante perceber o quanto perdemos por não o termos feito. E de referir que pedir desculpa não se resume à palavra, há gestos e atitudes que falam por si.

Fotografiaa – João Barreiros 

Produção – Sofia de Carvalho 

Direção criativa – João Barreiros 

Styling – Sofia de Carvalho 

Make-up – Margarida Sequeira 

Cabelos – Pedro Trocades

roupa @ptrocades e joías @tous

Agradecimentos ao Mirai , a Universal Studios e ao White Hotel

Produção e entrevista desenvolvida para PARQ_70.pdf (parqmag.com)