Texto por Jéssia Lima

O festival de Curtas de Vila do Conde está de volta! E desta vez viaja até Lisboa, Porto e Faro. A PARQ falou com Nuno Rodrigues, diretor do festival, sobre a 28º Edição Curtas Vila do Conde.

“Hoje, o Curtas é um projeto sólido onde certos elementos estruturantes estão na base do seu sucesso. São os casos das competições nacionais e internacionais com um longo historial no festival”, relevou o diretor do festival.

Em ano de pandemia, o festival teve de se adaptar e desta forma, o Curtas de Vila do Conde realiza-se pela primeira vez em outubro. A edição decorre entre os dias 3 e 11 de outubro, tendo o Teatro Municipal, no Auditório Municipal e na Solar- Galeria de Arte Cinemática, em Vila do Conde, como a principal base das sessões.   

O Curtas vai ter a sua competição nacional a decorrer em 4 salas de Portugal, em Vila do Conde, Porto Faro e Lisboa, onde será possível encontrar os realizadores em discurso direto a falar sobre os seus filmes.  O público vai ter a possibilidade de assistir a uma programação muito diversificada, recheada de estreia nacionais e internacionais. Um conjunto de obras em estreia de cineastas emergentes, e outras de autores com um percurso consolidado e reconhecido internacionalmente.

Nuno Rodrigues, admite que a edição este ano “está a ser um desafio”, após a alteração de data, realização de ações de aproximação ao público foi necessário criar “alternativas às dificuldades do momento que estamos a viver e começamos por propor uma nova ação em defesa do cinema português, das salas de cinema e do público”.

Para aqueles que não se podem deslocar às salas de cinema, foi criada pela primeira vez uma edição online- “os filmes vão poder ser vistos nesse formato num evento para o qual se podem inscrever e assim assistir a um conjunto de cerca de 150 filmes”, contou o diretor. A plataforma o online estará disponível a partir do primeiro dia do festival (3 de Outubro) e pode ser utilizada através da compra do pass online (10 euros) ou em alternativa para visionamento isolado de filmes (1.20 por uma curtas e 2.40 para cada longa metragem).

Podemos esperar obras de autores reconhecidos, como o ucraniano Sergei Loznitsa, o iraniano Jafar Panahi, o canadiano Guy Maddin, o mexicano Nicolás Pereda e a grega Konstantina Kotzamani, entre outros, que apresentarão obras inéditas na Competição Internacional. Nuno Rodrigues, destaca Jean-Luc Godard, Pro-motion, um programa muito especial composto por Traillers, publicidades e filmes institucionais, dedicado a obras raras e muito peculiares de Jean-Luc Godard, um dos mais importantes cineastas em atividade.

Em destaque estará também o cine-concerto Guanche, que junta em palco o Paulo Furtado, mais conhecido como The Legendary Tigerman, a atriz Íris Cayatte e o realizador Pedro Maia. Além da competição tradicional de vídeos musicais portugueses.

A promessa é “assegurar a qualidade e nível sempre exigido por aqueles que anos após anos vão acompanhando o festival”, acrescentou Nuno Rodrigues. A procura pela inovação e renovação de alguns aspetos na programação já fazem parte da essência do festival que já está a acompanhar “autores e obras de modo a estruturar elementos para a programação do ano seguinte”.